O jogador de basquete Brandon Ingram, do Los Angeles Lakers, time de LeBron James, foi diagnosticado com trombose no braço e ficará fora do restante da temporada da NBA em 2019. Embora a formação de coágulos dentro das veias seja mais comum nos membros inferiores, a trombose nos braços normalmente afeta atletas de alto rendimento e pessoas que fazem esforços exagerados e repetitivos.
— Pessoas que malham pesado para terem hipertrofia dos músculos do peitoral, do ombro e dos membros superiores estão suscetíveis à trombose venosa axilar de esforço, pois realizam o movimento brusco com os braços repetidamente, assim como os jogadores de basquete — explica o cirurgião vascular João Luiz Sandri, membro do Departamento de Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV).
Nesse tipo de trombose, o membro superior fica inchado, quente, vermelho, com dor e dificuldade de mexer os músculos.
— As veias superficiais ficam muito aparentes e estufadas, pois o sangue começa a procurar caminhos alternativos para retornar ao coração. Similar a um engarrafamento no trânsito. Quando as vias principais estão fechadas, as vias secundárias, que normalmente são menos utilizadas, ficam sobrecarregadas — compara Luiz Lanziotti, cirurgião vascular.
O tratamento é feito com repouso e medicamentos anticoagulantes, que afinam o sangue e ajudam a dissolver o trombo dentro do vaso. É necessário tratar o problema o mais rápido possível para evitar situações mais graves, como o trombo aumentar de tamanho e agregar outras áreas, comprometendo mais ainda a circulação.
— O grande problema de não tratar rapidamente esse quadro é ele evoluir para uma embolia pulmonar — finaliza Ricardo Brizzi, angiologista e cirurgião vascular.
Mais sobre a trombose nos membros superiores
Estatísticas
Apenas 10% das tromboses ocorrem nos membros superiores como os braços. A maioria delas ocorrem nas pernas.
Fatores de risco diferentes
Nos casos de trombose nos braços, as pessoas jovens são as mais suscetíveis a ter, já que o problema é decorrente da prática excessiva de alguma atividade física. Já nos membros inferiores, pessoas idosas correm mais esse risco. A falta de exercício e movimento das pernas acaba aumentando as chances de desenvolver a doença.
Diagnóstico
É feito um exame de ultrassom das veias, chamado doppler venoso.
Cirurgia
Além da medicação e do repouso, pode ser necessária uma cirurgia para soltar a musculatura, ou até mesmo retirar uma costela que possa estar causando a compressão que provocou a trombose.
Duração
O tratamento leva até seis meses para a pronta recuperação, tanto nos casos de tratamento medicamentoso quanto de tratamento cirúrgico.
Fonte:
Extra - Evelin Azevedo