O Papa Francisco, autoridade máxima da Igreja Católica e líder do Vaticano, pediu na última semana a seus fiéis por mais respeito à natureza e chamou o desmatamento e degradação das florestas tropicais, sobretudo da América do Sul, assim como outras formas de destruição ambiental, de “pecado”.
“Quando eu olho para a América, e também para minha própria pátria [Argentina], muitas florestas, todas cortadas, se tornaram terra que não pode mais dar vida. Esse é nosso pecado, explorar a Terra e não permitir que ela nos dê o que ela tem dentro de si”, lamentou o chefe de Estado do Vaticano.
“Esse é um dos maiores desafios da nossa era: convertermos-nos a um tipo de desenvolvimento que saiba como respeitar a Criação”, continuou o argentino. O discurso, aparentemente improvisado, foi dado a estudantes, agricultores e trabalhadores durante uma visita do Papa à Universidade de Molise, no sul da Itália.
Desde que foi eleito ao papado, em maio de 2013, Francisco já fez diversos apelos para que se busque aliviar a pobreza mundial e pela defesa do meio ambiente. Em seu discurso inaugural como Papa, ele mencionou as mudanças climáticas, acrescentando que “se destruirmos a Criação, ela nos destruirá”.
Não por acaso, o chefe do Vaticano escolheu seu nome papal em homenagem a Francisco de Assis, santo patrono dos animais e do meio ambiente. Quando visitou o Brasil, em julho passado, declarou a um grupo de bispos brasileiros que a Amazônia não deveria ser “indiscriminadamente explorada”, mas sim ser tratada cuidadosamente como um jardim.
O líder católico também está escrevendo uma encíclica, carta que é enviada a outras Igrejas, sobre a relação da humanidade com a natureza e as mudanças climáticas, indicando que o assunto ganhou importância para o Vaticano.
Fonte:
Mercado Ético - Instituto CarbonoBrasil - Jéssica Lipinski