As energias renováveis estão em franco crescimento em todo o mundo. No primeiro semestre de 2020, a geração de eletricidade por energia eólica e solar aumentou 14% e, pela primeira vez, representou quase 10% de toda a eletricidade. Também nos Estados Unidos, a geração de energia renovável cresceu em 2020, um aumento aproximado de 5% em relação a 2019. Os Estados Unidos instalaram um número recorde de parques eólicos e solares e um dos motivos foi a proximidade do vencimento de créditos fiscais.
Para cumprir as metas climáticas, especialistas afirmam que é necessário um crescimento das energias renováveis a um ritmo ainda mais acelerado. O presidente eleito Joe Biden prometeu incentivos a essas energias.
4. Wall Street pressionada.
Antes mesmo da covid-19, Larry Fink, presidente da BlackRock (a maior gestora de investimentos do mundo) alertou que os investidores teriam que passar a considerar as mudanças climáticas em breve. Um relatório publicado em fevereiro mostrou que a maioria dos mais de 400 investidores entrevistados estava avaliando os riscos climáticos em suas decisões de investimentos.
Nos últimos meses, todos os seis maiores bancos dos Estados Unidos — como o JPMorgan Chase, o Bank of America e o Wells Fargo, entre outros — declararam que não financiariam a exploração de petróleo no Refúgio Nacional de Vida Selvagem do Ártico, apesar das fracassadas tentativas do governo Trump, que está de saída, de acelerar os arrendamentos de petróleo na região. Depois de emprestar trilhões de dólares à indústria de combustíveis fósseis por anos, o JPMorgan Chase anunciou em outubro que passará a investir em alternativas para ajudar o mundo a cumprir as metas estabelecidas pelo Acordo Climático de Paris. Segundo o relatório da Bloomberg publicado no mês passado, investimentos climáticos estão em voga entre a elite.
Enquanto Joe Biden se prepara para tomar posse, os grandes bancos esperam mais escrutínio às repercussões de seus atos sobre as mudanças climáticas. O presidente eleito afirmou que emitirá um decreto executivo exigindo que as empresas de capital aberto divulguem suas emissões e como podem afetar as mudanças climáticas. No mês passado, o Reino Unido anunciou exigências de transparência semelhantes.
5. As baleias, que há tanto tempo precisam de ajuda, mostraram sinais de recuperação.
Nas águas perto da Geórgia do Sul, ao norte da Antártica, os cientistas avistaram mais baleias-azuis do que antes do fim da caça comercial de baleias no início do século 20. Cinquenta e cinco foram avistadas este ano, após 50 anos de raros avistamentos nas mesmas águas.
As baleias-azuis são os maiores animais da Terra e, segundo a Comissão Internacional de Baleias, foram caçadas praticamente até a extinção. Eles estimam que quase 300 mil foram mortas na primeira metade do século 20, aproximadamente a mesma população estimada antes do início da caça. Atualmente, há uma estimativa de 2,3 mil indivíduos no Hemisfério Sul.
Nas mesmas águas, houve uma recuperação muito mais drástica de baleias-jubarte, praticamente reconstituindo as populações anteriores à caça. Os cientistas também notaram sinais de esperança para as baleias-francas-austrais (porém as baleias-francas-do-atlântico-norte tiveram um destino mais triste).
A maioria dos países respeita a proibição da caça às baleias imposta pela Comissão Internacional de Baleias, porém, no início deste ano, o Japão, a Noruega e a Islândia ainda insistiam nessa prática. Contudo, no início de maio, a Islândia indicou que suas poucas empresas baleeiras podem fechar em breve, enchendo os ativistas contrários à caça de esperanças de que o mundo possa em breve caçar sua última baleia.
6. Mais atenção aos oceanos.
Na semana passada, 14 nações anunciaram que adotariam um manejo sustentável de 100% de suas águas costeiras até 2025, protegendo uma área de oceano equivalente ao tamanho da África. Cada um desses países prometeu combater a pesca predatória, investir na redução da poluição e reservar 30% de suas águas territoriais a reservas marinhas de proteção até 2030. Os países participantes são Canadá, México, Japão, Austrália, Quênia, Gana, Noruega e Portugal. Juntos, abrangem 40% das áreas costeiras do mundo.